O diretor do FBI, James Comey, enviou uma carta a membros do Congresso norte-americano anunciando que reabrirá o inquérito sobre o uso de servidores de email privados por Hillary Clinton no período em que a candidata à presidência dos EUA atuava como secretária de Estado.
Segundo Comey, o objetivo é descobrir se novas mensagens descobertas pela polícia federal dos EUA continham material confidencial. No entanto, ele ressaltou não há prazo finalizar a análise dos emails.
As novas mensagens teriam sido descobertas durante a investigação de outro processo, sem ligação aparente com o caso de Clinton. Apesar de não especificar como chegou até os e-mails recentes, o diretor afirmou que optou por uma investigação mais aprofundada.
Comentaristas políticos norte-americanos ventilaram a hipótese de o novo inquérito ter ligação com os recentes vazamentos de comunicações do Partido Democrata pelo site WikiLeaks, de Julian Assange, e que a Casa Branca imputa ao governo russo.
"Um grande dia da nossa campanha acaba de ficar ainda melhor", escreveu no Twitter Kellyanne Conway, responsável pela campanha do republicano Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. O próprio candidato disse estar "contente" que o FBI tente "remediar os horríveis erros cometidos" na investigação anterior.
Em junho passado, o órgão havia decidido não incriminar Hillary pelo uso de servidores privados durante o exercício do cargo de secretária de Estado, uma vez que não foram encontradas provas de que informações confidenciais foram vazadas.
Enquanto liderou a diplomacia norte-americana, Hillary usou servidores privados para enviar mensagens oficiais, impedindo as autoridades de terem acesso aos registros de suas comunicações oficiais, o que é obrigatório para quem ocupa cargos públicos.
A reabertura do inquérito pelo FBI pode representar um duro golpe para a campanha de Hillary, que está na reta final, a dez dias do fim das eleições presidenciais nos EUA, que se encerram no dia 8 de novembro.
Leia também:
Hillary considerou piadas sobre servidor privado
Trump: política de Hillary para Síria levaria à guerra
Veja mais em: BAND
