Você é do tipo que rola a tela o mais rápido que consegue quando vê um textão no Facebook? Então é melhor se preparar: o Enem pode dar dor de cabeça. Isso porque uma das principais características do Exame Nacional do Ensino Médio são os enunciados bastante longos, que exigem leitura.

“Existe o enunciado pretexto, que diz o que o aluno deve fazer, e o enunciado contexto, que possui informações sem as quais o aluno não consegue de responder à questão de maneira alguma”, explica Alexandre Antonello, coordenador pedagógico do CPV Educacional.

Isso demanda uma excelente leitura e uma ótima interpretação de texto. Aliás, não só de texto. Além de trechos escritos, a prova faz uso considerável de charges, ilustrações, gráficos, planilhas, tirinhas, mapas ou qualquer outro elemento que contenha dados. E se engana quem acha que essa determinação se resume à prova de Linguagens e Códigos. “Essa característica do enunciado com elementos indispensáveis à resolução é comum a todas as disciplinas”, completa Antonello.

Outro aspecto que se deve notar é que cada problema levará a apenas uma única resposta e ela estará correta. Isso quer dizer que a questão não vai ter um texto enorme e depois propor que se “encontre a alternativa falsa”, ou “marque a resposta incorreta” ou ainda “estão corretos os itens…”.

Basicamente, o exame exige leitura, interpretação de texto e a busca por um conceito certo.

Em 2009, quando foi aplicado o primeiro Enem, essa fórmula mostrou-se bastante diferente dos demais vestibulares. Com o passar dos anos, no entanto, esse modelo acabou influenciando outras provas.

Em São Paulo, por exemplo, os vestibulares estaduais estão com questões com estilos semelhantes; no Paraná, a Universidade Estadual de Londrina adota a matriz do Enem como conteúdo programático.

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