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Saiba por que a nota do Enem é tão complexa

24/10/2016 00:00

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A nota final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) costuma causar confusão nos alunos. Isso porque, além da quantidade de acertos, um complexo sistema avalia a qualidade do conjunto das resposta de cada aluno.

Para que essa diferença seja possível, a prova é composta de questões de diferentes graus de dificuldades. “Cada item que cai no teste já foi aplicado, rigorosamente da mesma maneira que está no exame, em várias escolas do país”, explica Élcio Bertolla, coordenador pedagógico do CPV Morumbi.

São esses pré-testes que definem a taxa de acerto esperada em cada problema. Só depois dessa avaliação é que a questão passa a fazer parte do banco de dados do Ministério da Educação, de onde saem as 180 perguntas de cada ano.

Entenda a "teoria de resposta"

Assim, as provas têm itens que avaliam apenas interpretação de texto, outros que consideram também o conhecimento prévio do conteúdo e outros que pedem, além desses dois quesitos, o raciocínio. Para calcular a nota, aplica-se a TRI, abreviação para Teoria de Resposta ao Item, que são modelos estatísticos que classificam e ordenam as questões de acordo com a complexidade delas. O gabarito de cada aluno é examinado de acordo com essa ordenação.

O aluno que acertar as questões difíceis também deverá acertar as fáceis. Se, no entanto, ele errar as mais simples, há grandes chances dos acertos terem sido ao acaso. “Por esse sistema, um aluno que acerta só as questões difíceis acaba ficando com uma nota mais baixa que outro que acerte apenas as fáceis, pois as respostas do primeiro não são coerentes”, diz Bertolla.

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