A polícia recapturou 338 presos que fugiram de um presídio em Jardinópolis, no interior de São Paulo. De acordo com a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), eles estão sendo transferidos para outra cadeia.
Houve correria na última quinta-feira, em plena rodovia Cândido Portinari, que liga Ribeirão Preto a Brodowski, quando policiais militares foram atrás dos presidiários. Os homens do regime semiaberto derrubaram uma grade de quase quatro metros de altura que cercava a unidade.
Já os que ficaram se rebelaram e atearam fogo em um pavilhão. Do lado de fora era possível ver o movimento de reeducandos e agentes, enquanto familiares estavam angustiados em busca de informações.
Viaturas do Corpo de Bombeiros se deslocaram até a unidade prisional para ajudar no combate às chamas e na captura de fugitivos, que teriam ainda seguido pelo Rio Pardo. Policiais da Força Tática e o helicóptero Águia também estavam no local para dar apoio.
O tumulto teve inicio após uma revista de rotina, quando os detentos reivindicavam agilidade no processo de redução de pena e reclamam da superlotação. O CPP foi construído em 2013 para abrigar mil reeducandos, ou seja, aqueles que já cumpriram boa parte da pena com bom comportamento, mas atualmente possui cerca de 1,8 mil.
Enquanto o fogo consumia a unidade, um incêndio no canavial ao redor do presídio tentava evitar a dispersão dos outros presos que se esconderam em meio à plantação. Uma nuvem de fumaça chegou a encobrir a rodovia, para desespero também dos motoristas.
Foi aí que o grupo de intervenção rápida da SAP invadiu a central para controlar o motim. Fugitivos chegavam a todo o momento na unidade.
A rebelião foi controlada e, em seguida, os presos foram levados para um pátio. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, nenhum funcionário foi feito refém e não houve feridos, apesar do presídio ter ficado bastante danificado.
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