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Carandiru: Procuradoria recorre da decisão que anula júris de PMs

28/09/2016 00:00

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A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo vai recorrer da decisão que anulou os júris dos 74 policiais militares condenados pelo massacre do Carandiru. Entre 2013 e 2014, uma série de júris foi realizada no Fórum Criminal da Barra Funda, condenando os PMs que atuaram na Casa de Detenção.

A defesa tinha pedido que o caso voltasse a ser analisado por um corpo de jurados. Porém, o relator do caso, o desembargador Ivan Sartori, foi além e votou para que os PMs fossem absolvidos pelo próprio TJ (Tribunal de Justiça).

Ivan Sartori argumentou que, outros acusados, entre eles o coronel Ubiratan Guimarães, foram absolvidos e o veredito deveria ser estendido aos policiais. O revisor do caso, Camilo Léllis, entendeu que houve excesso dos PMs, mas votou para que um novo júri fosse feito.

O terceiro desembargador, Edison Brandão, também decidiu que não cabe a absolvição, mas sim um novo julgamento. Outros dois integrantes da quarta câmara criminal também deverão se pronunciar e, como a votação não foi unânime, a defesa pode mover outro recurso.

Para a advogada dos policiais, Ieda de Souza, eles não podem responder pela falha do Estado, que não fez os exames de balística das armas.

A procuradora de Justiça que atua no caso chamou a decisão de inusitada e disse que vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Sandra Jardim defendeu o argumento usado pelo Ministério Público nos júris do Massacre do Carandiru.

A procuradora também ressaltou que, de um pelotão de quatrocentos PMs, 120 foram denunciados; os demais, que não atiraram, não responderam pelos crimes.

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