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Votação final do impeachment acontece a partir das 11h

31/08/2016 00:00

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A votação final do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) ocorrerá a partir das 11h desta quarta-feira (31), informou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, responsável também por presidir o julgamento da petista no Senado.

Após as últimas declarações da acusação e da defesa, senadores discursaram na sessão de debates do julgamento em uma etapa que durou mais de 16 horas, terminando pouco antes das 3h da madrugada de hoje. 

Para que Dilma seja considerada culpada de ter cometido crime de responsabilidade pelo atraso no repasse de recursos do Tesouro do Banco do Brasil no âmbito do Plano Safra e pela edição de decretos de crédito suplementar sem autorização do Legislativo são necessários os votos de pelo menos 54 senadores pelo impedimento.

Se a petista for condenada, ela terá seu mandato presidencial cassado e o presidente interino Michel Temer será efetivado no cargo.

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Aliados de Dilma já jogam a toalha 

Aliados da presidente afastada até se animaram com a demonstração de firmeza da petista durante seu depoimento, e chegaram a alimentar esperanças de evitar o impeachment, mas no fim da noite de terça alguns, já abatidos, jogavam a toalha diante do insucesso de atrair senadores indecisos, entre eles os três membros da bancada do Maranhão.

Parlamentares envolvidos nas negociações esperavam obter mais sete além dos 21 senadores que já se posicionam contra o impeachment, já que basta, para o lado da presidente afastada, que 28 votem contra o impedimento. São necessários dois terços do plenário, o equivalente a 54 votos, para condenar Dilma pelos crimes de responsabilidade de que é acusada.

Por isso mesmo, aliados tinham como alvo os indecisos. Uma vez obtidos os sete necessários, explicou uma fonte envolvida nas articulações, estaria quase certa a migração de outros três, justamente os que compõem a bancada do Maranhão.

Segundo outro aliado de Dilma, o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou o dia conversando com senadores. O envolvimento de Lula, no entanto, não foi suficiente para atrair a bancada maranhense para o barco contrário ao impeachment.

Se Dilma for afastada, petistas devem recorrer ao Supremo; assista:

Petistas reforçam discurso de golpe 

Os aliados reforçaram, em seus discursos no julgamento do impeachment no Senado, a tese de que o impedimento da petista seria um golpe, mirando no registro histórico dessa versão, em meio ao descrédito que já há entre eles em relação ao resultado da votação.

“Presidenta, pode dormir tranquila. A história te reserva um lugar de honra, ao contrário de quem votar pelo impeachment”, discursou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O político, um dos principais defensores de Dilma ao longo do processo no Senado, disse que o que está ocorrendo é “um tribunal de exceção". "As provas são irrelevantes”, disse.

A senadora Gleisi