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Brasileira luta pela custódia dos filhos no México

28/08/2016 00:00

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A brasileira Marina de Menezes, que mora na cidade mexicana de Tijuana, fez um apelo nas redes sociais para tentar rever os seus filhos, Olivia, de três anos, e David, de seis, que estão longe da mãe há cinco meses e meio. 

Segundo ela, o marido e pai das crianças - que é mexicano e cuja identidade Marina pediu para não ser revelada – levou os dois embora depois que a brasileira registrou uma denúncia de violência doméstica contra ele. 

“A violência na minha casa acontecia a qualquer hora, em qualquer lugar, na frente ou não das crianças”, contou Marina, que diz ter sofrido violência física, psicológica e emocional. “Da última vez, ele tentou me enforcar e me deixou inconsciente por alguns minutos. A última coisa de que me lembro são os gritos dos meus filhos, suplicando que ele parar de me bater.” 

Para a brasileira, o marido decidiu fugir para a capital, Cidade do México, com os filhos por vingança. “Ter eles arrancados de meus braços é a pior dor que uma mãe pode sentir”, lamentou. 

Marina explicou ainda que o filho David é superdotado e tem tendência a ter depressão. “As pessoas que o conhecem me disseram que ele começou a se machucar agora; ele se morde e tenta arrancar os cabelos.” 

Desesperada, a brasileira entrou com pedido de divórcio e está lutando pela guarda das crianças. De acordo com ela, porém, a juíza responsável pelo caso tem ignorado seus pedidos e estaria, em sua percepção, favorecendo o marido mexicano. 

O Consulado Brasileiro no México interveio na situação. Em nota, o Itamaraty disse que, por força de apelos às instâncias da Justiça mexicana, a juíza em questão autorizou que Marina “realize visitas [aos filhos], desacompanhada do marido, em sede do juizado de menores, na Cidade do México”. 

A mãe das crianças, no entanto, delatou que a juíza não agendou as visitas no centro familiar onde os encontros deveriam acontecer. Além disso, segundo a brasileira, a psicóloga e a intermediária, que devem acompanhar as visitas, não estavam presentes no centro, o que impossibilitou o evento. 

Na próxima quarta-feira (31), haverá uma reunião na Cidade do México onde se pretende determinar a custódia de Olívia e David. Marina está com muito medo. “Temo que a juíza se baseie apenas na entrevista com meus filhos, que estão longe de mim há quase seis meses e com a cabeça manipulada pelo pai”, relatou. 

Os esforços, que vem desde uma rede mobilizada para ajudar a mãe das crianças na internet até a assistência que o Consulado do Brasil no México está prestando, continuam. Marina, cujo sonho é começar uma nova história com os filhos no Brasil, não vai descansar até a Justiça seja feita.  

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