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Janot nega ter destruído provas de empreiteiro

27/08/2016 00:00

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou ter destruído documentos com denúncias feitas pelo ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro. 

Janot teria mandado destruir sete anexos que detalhariam o que Léo Pinheiro pretendia contar ao Ministério Público sobre corrupção, informa a revista Veja. A reportagem cita que "o vasto material produzido ao longo de cinco meses de tratativas entre a procuradoria e o empreiteiro foi enviado para o incinerador". 

As denúncias envolveriam as negociações para a reforma do sítio de Atibaia, que o ex-presidente Lula supostamente usava, mas jura que não lhe pertence; o pagamento por palestras falsas que teriam custado US$ 200 mil e jamais teriam sido realizadas; a reforma do tríplex do Guarujá; o caixa-dois que teria financiado as campanhas da presidente afastada Dilma Rousseff; o pagamento da guarda de objetos pessoais de Lula; propina em dinheiro vivo para o então governador de São Paulo José Serra pela participação em obras do Rodoanel; propina também para o senador Aécio Neves pela participação da OAS no consórcio que construiu a cidade administrativa do governo mineiro. 

Em sua defesa, Janot negou qualquer irregularidade e afirmou que os anexos foram devolvidos aos advogados de Léo Pinheiro quando a negociação da delação premiada foi suspensa.

‘Não houve incineração’ 

Uma fonte importante da Lava Jato assegurou a Band que não houve incineração e atribuiu o vazamento da informação aos defensores de Léo Pinheiro. Eles estariam interessados em fazer o MP aceitar a proposta de delação do empreiteiro para reduzir sua pena, mas teria oferecido um material sem valor para os investigadores, que nada acrescenta ao que já se sabe.

Importante mesmo, segundo essa fonte, é o conteúdo do celular de Léo Pinheiro, que não costumava apagar as mensagens, que falariam muito mais sobre corrupção do que o ex-presidente da OAS se dispôs a falar nos anexos supostamente incinerados.

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