O jornalista João Miranda do Carmo foi morto a tiros em frente a sua casa, em Santo Antônio do Descoberto, Goiás, na noite de domingo (24), informou a polícia civil. Testemunhas estão sendo ouvidas na manhã desta terça-feira.
Ele era dono do site de notícias SAD Sem Censura, que publicava notícias sobre política, tráfico de drogas da região e casos policiais.
As investigações não descartam a hipotese de que ele tenha sido morto devido a seu trabalho como jornalista, disse o delegado responsável pelo caso, Pablo Santos Batista, à Agência Brasil.
João Miranda já vinha recebendo ameaças e teve seu carro incendiado em janeiro, de acordo com informações do jornal O Popular, de Goiás. Amigos e familiares prestarem homenagens ao jornalista ao longo da segunda-feira nas redes sociais. Ele pretendia se candidatar a vereador nas próximas eleições.
Profissão de risco
Esse foi o terceiro assassinato de jornalistas este ano no Brasil. Em março, o radialista João Valdecir Barbosa foi morto a tiros enquanto trabalhava nos estúdios da Rádio Difusora AM, em São Jorge do Oeste, sudoeste do Paraná.
Em abril, o blogueiro Manoel Messias Pereira, foi morto também a tiros em Grajaú, no Maranhão.
Em 2015, o Brasil ficou em quinto lugar como o país mais perigoso para o exercício da atividade jornalística, com oito assassinatos, de acordo com a organização internacional do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, (CJP, na sigla em inglês). Segundo relatório sobre a liberdade de imprensa divulgado no dia 22 de feverriro deste ano pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
O país ficou à frente de países em guerra como Iraque e Sudão do Sul. A maior parte das pessoas assassinadas apurava casos de corrupção envolvendo políticos.
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