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Merkel: Reino Unido deve dar primeiro passo

25/06/2016 00:00

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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse neste sábado (25) que cabe ao governo de Londres anunciar qual o procedimento que irá adotar para deixar a União Europeia (UE). "As negociações não podem durar para sempre, mas depende do Reino Unido dar esses passos".

Merkel afirmou ainda que acredita que Londres quer colocar em prática as decisões tomadas no referendo da última quinta-feira (23) e voltou a defender uma solução rápida. "A questão não deve permanecer bloqueada por muito tempo", alertou, lembrando que até que um acordo seja definido, o Reino Unido continua sendo um membro pleno da UE, com todos os seus direitos e obrigações.

A Alemanha é, atualmente, a maior economia e a mais atuante dentro da UE. Além disso, Berlim foi um dos maiores entusiastas da criação do grupo, que ajudaria em sua reintegração no continente após a 2ª Guerra Mundial.

Diplomacia

Em reunião realizada hoje (25) em Berlim, chanceleres dos seis países fundadores da União Europeia pediram que a saída do Reino Unido do bloco aconteça o quanto antes. Os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, da Itália, Paolo Gentiloni, Holanda, Bert Koenders, França, Jean-Marc Ayrault, Bélgica, Didier Reynders, e de Luxemburgo, Jean Asselborn, se encontraram para discutir os efeitos da saída do Reino Unido do bloco.

“Este processo tem que começar o mais rápido possível", disse Steinmeier, que apelou para que os britânicos evitem “atrasos” na negociação e “se concentrem no futuro da Europa".

O premier italiano, Matteo Renzi, viaja ainda hoje para Paris, onde se reunirá com o presidente da França, François Hollande. "Será um encontro informal, amigável, no qual também se debaterão questões políticas ligadas ao Brexit”, informaram interlocutores do Palácio do Eliseu.

Na segunda-feira (27), o líder político italiano estará em Berlim para uma reunião trilateral com Hollande e Merkel, para também discutir a saída britânica da UE. Além de questões práticas da União Europeia, o encontro deve definir estratégias para frear movimentos semelhantes em outras nações.

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