O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma das figuras mais empenhadas em forçar a antecipação da eleição presidencial. Por isso, ele pressiona a presidente Dilma a propor uma emenda constitucional nesse sentido, renunciando logo em seguida. Nesta próxima sexta-feira (9), de preferência.
Lula já disse a senadores aliados que nem precisa esperar que Michel Temer também renuncie, porque acha que ele não vai “aguentar a pressão”. O petista promete colocar seus partidários nas ruas, “incendiando o país” e apostando que o atual vice de Dilma “ficará com medo e renunciará”.
Manifestações nas ruas, para Lula, também serão úteis para intimidar e forçar o Congresso a aprovar a antecipação da eleição para este ano. Um pleito em 2016 pode ser a última chance de o ex-presidente, investigado na Lava Jato, concorrer a algo: em 2018 ele corre o risco de estar preso ou ter se tornado inelegível.
Na última segunda-feira, a Justiça de São Paulo enviou ao juiz federal Sérgio Moro o pedido de prisão preventiva do ex-presidente. Também foi encaminhada denúncia contra o petista por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
O caso envolve as investigações sobre o tríplex no Guarujá, no litoral sul de São Paulo, apontado como sendo do ex-presidente – ele nega. O imóvel foi reformado pela construtora OAS, uma das investigadas na Lava Jato.
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