Pesquisadores de São Paulo estudam se alguns bebês têm um gene protetor contra a microcefalia, isso porque há casos de gêmeos em que só um dos bebês nasce com a má-formação.
Quatro casos, muito particulares, são o ponto de partida do trabalho. Um deles é de Santos, no litoral paulista. Os gêmeos Laura e Lucas completaram três meses. Lucas está saudável, mas Laura nasceu com microcefalia. A mãe conta que teve os sintomas de Zika no começo da gestação, chegou a ir ao pronto-socorro, mas não recebeu o diagnóstico.
A microcefalia da filha só foi detectada em um dos últimos ultrassons. Assim como esse caso em gêmeos, outros três registrados no Brasil, dois em Pernambuco e outro na Bahia, entraram em um estudo comandado pela geneticista Mayana Zatz, da USP.
“O que nós vamos fazer é estudar o genoma desses bebês, da mãe e do pai para tentar entender, estudando todos os genes, o que os protegeu e a partir dai podemos ter uma resposta muito importante para tentar proteger os outros fetos que foram expostos a não ter a microcefalia”, disse.
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, já são 76 mortes de bebês por microcefalia no país. Hoje, o governo da Bahia anunciou mais uma suspeita de morte pela má-formação.
Europa confirma relação do Zika com microcefalia
Também nesta quinta, cientistas da Eslovênia confirmaram a relação do Zika vírus com um caso de microcefalia. O vírus foi descoberto no cérebro de um feto com microcefalia. A mãe, uma jovem da Eslovênia, tinha engravidado no Brasil e fez um aborto ao voltar para casa.
A pesquisa foi divulgada na revista médica americana The New England Journal of Medicine e é mais uma forte evidência da ligação entre o vírus e a má-formação.
Você viu essas notícias?
Lula celebra 36 anos do PT e diz que partido cometeu erros
Blocos na Vila Madalena podem diminuir ainda mais
Justiça não acolhe recursos da defesa de Eduardo Azeredo
Assista:
Mercado de espumantes está em ascensão no Brasil
Reprodução
Galeria de fotos