A falta de acordo de extradição com a Tanzânia não inviabiliza um pedido do governo brasileiro para trazer os acusados pela morte do menino Ezra, 7 anos, para São Paulo. A mãe e o padrasto respondem pelo assassinato do menino encontrado dentro de um freezer na casa da família, em setembro.
O primeiro passo para o início do processo de extradição tem de ser dado pelo Ministério da Justiça. Vencidos os trâmites no judiciário brasileiro, a documentação será enviada para a embaixada no país africano.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o responsável pelo escritório brasileiro na Tanzânia, Marcelo Grimberg, disse que há chance de diálogo com o governo. Segundo ele, ao contrário de nações vizinhas, a democracia está consolidada e as instituições funcionam bem no país.
Relembre o caso
Ezra Liam Joshua Finck era natural da África do Sul e veio para o Brasil com a mãe, Lee Ann Finck; o padrasto, Mzee Shabani, e duas irmãs mais novas.
No dia 22 de agosto, imagens de uma câmera de segurança do prédio onde morava, no centro de São Paulo, mostrava Ezra saindo do local. Essas foram as últimas imagens do menino com vida.
Ezra foi esfaqueado e morto. Os principais suspeitos de ter cometido o crime são seu padrasto e sua mãe, pois o corpo do menino foi encontrado dentro de um freezer da loja do casal no apartamento onde moravam.
O corpo só foi encontrado porque o freezer foi ligado em uma tomada de voltagem errada, fazendo com que o aparelho queimasse. Após o acontecimento, o cheiro chamou a atenção dos vizinhos.
O padrasto e a mãe fugiram para a Tanzânia, levando as duas filhas, cinco dias depois de colocarem o freezer em casa. Em cima do corpo do menino, havia sorvetes, para disfarçar.
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