O deputado Sandro Alex (PPS-PR) protocolou nesta quinta-feira (26) no Conselho de Ética o parecer preliminar do processo contra o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pedindo o arquivamento da representação. “Ative-me aos autos do processo. Não trouxe o ambiente externo. Esses documentos são chancelados por instituições como Ministério Público Federal, Justiça Eleitoral, Receita Federal e por decisão do Supremo Tribunal Federal e até da Secretaria-Geral da Mesa [da Câmara]”, disse.
O pedido de cassação do parlamentar foi apresentado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, que acusa Alencar de ter financiado parte da sua campanha com contribuições de funcionários de seu gabinete e de apresentar notas frias para justificar o pagamento de serviços prestados por empresa fantasma para ser ressarcido pela Câmara.
A investigação foi aberta oficialmente no último dia 11.
Antecipando sua defesa, Chico Alencar disse que a representação reúne “mentiras, falsidades, afirmações enganosas e impropriedades". Segundo ele, o que motivou o processo foi uma tentativa de vingança diante do processo de cassação que o partido e a Rede Sustentabilidade movem contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é aliado a Paulinho da Força, com base em supostas contas secretas na Suíça e em delações da Operação Lava Jato.
Sandro Alex explicou que não analisou a suposta retaliação, mas disse que os detalhes sobre seu voto só serão apresentados na reunião do Conselho de Ética marcada para o próximo dia 2. “Não analisei a retaliação. Analisei as provas que estão no processo, que é extremamente fundamentado”, afirmou.
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