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Recolocação: ser você mesmo é boa arma em entrevista de emprego

30/08/2015 00:00

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Em alta perigosa, a taxa desemprego no Brasil atingiu 8,3% no segundo trimestre deste ano, maior patamar da série histórica iniciada em 2012. Com a economia em recessão, uma grande parte da população está em busca de uma colocação, que fica naturalmente mais difícil.

Se você, infelizmente, está nessa leva de pessoas que perdeu o emprego recentemente, a primeira coisa para se recolocar é não entrar em pânico, reorganizar as finanças e refletir sobre as questões dos objetivos profissionais, ensina a consultora de imagem e carreira Nara Lyon.

Segundo a especialista, esse é um bom momento para repensar na sua situação profissional. “No segundo round da vida da gente, lá pelos 40 anos, muitas pessoas, se puderem, trocam de cargo ou profissão. Se você for demitido, é um bom momento para pensar nisso”, afirma.

Nara diz que é preciso atualizar o currículo, de uma forma moderna, alinhada com os dias de hoje. “Se você tiver muita experiência, foque neste aspecto. Se não tiver, foque na formação, nos cursos que fez”, orienta a especialista.

“Outra coisa muito relevante é sempre ativar a rede de networking. O QI (Quem Indicou) é uma coisa extremamente importante”, acrescenta.

Mas como se dar bem na hora da entrevista, fundamental no processo seletivo? “A primeira coisa importante para ter sucesso no impacto inicial é a pontualidade. Aconselho que se chegue dez minutos antes, porque caso ocorra alguma coisa, você dá uma ajeitadinha – às vezes a pessoa está um pouco suada etc”, ensina a consultora.

Nara também destaca que é preciso estar visualmente adequado, o que depende muito do cargo pretendido. “Para isso, você deve estar sabendo o suficiente sobre a empresa para entender se ela é mais ou menos conservadora, para não correr o risco de ir muito formal quando é uma empresa despojada, ou o contrário”, alerta. “A linha do meio é sempre interessante. Temos aquela marca pessoal: um estilo de cabelo, cores, algo que seja muito nosso. Na empresa às vezes isso não é muito bem visto, então é  bom diminuir.”

Ajustar-se à proposta da empresa, porém, não significa transformar totalmente seu jeito de ser para conseguir o sonhado emprego. “Muitos consultores recomendam, mas eu não, pelo seguinte: a partir do momento que sai daquele lugar que é seu, você já não é autêntico. E aí já dá tudo errado, você não vai produzir. Então é melhor procurar uma empresa com a qual tenha afinidade com o perfil”, alerta a especialista em imagem.

A consultora explica que é necessário estar seguro, altivo, na hora de conversar com o futuro empregador e que, ao estar desconfortável com a própria apresentação, o candidato deixa de mostrar estas qualidades.

"O que funciona é ser você mesmo. Não tem nada mais seguro, mais interessante. Funciona que é uma maravilha", garante.

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