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Zé Dirceu pode ter pena de prisão agravada pela Operação Lava Jato

03/08/2015 00:00

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A pena de prisão do ex-ministro José Dirceu pelo processo do Mensalão pode sofrer um agravamento, após receber ordem de prisão pela 17ª fase da Operação Lava Jato, na manhã desta segunda-feira, em Brasília. As informações são da colunista da BandNews FM Dora Kramer.

Ainda de acordo com a colunista, mesmo tentanto se afastar da operação, o governo deve sofrer um impacto negativo pela prisão de José Dirceu. Para Dora Kramer, a frase dita há alguns anos por José Dirceu – “Nunca fiz nada sem o conhecimento de Lula” – será um dos motivos. 

Dirceu é investigado pelo Ministério Público por suspeita de receber recursos de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras. Condenado no Mensalão, o ex-ministro cumpria pena em prisão domiciliar desde o fim do ano passado. Ele já está na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Só o ministro Luís Barroso pode liberar Dirceu a comparecer em Curitiba, sede da Políca Federal, para prestar depoimento. 

Foram expedidos 40 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva. Entre os detidos estão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, sócio da JD Consultoria e irmão de José Dirceu; e o ex-assessor de José Dirceu, Roberto Marques, conhecido como Bob.

A operação foi batizada de Pixuleco, termo usado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para pedir dinheiro, segundo depoimento do presidente da UTC, Ricardo Pessoa. Os mandados são cumpridos em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. 

Entenda cada fase da operação

A Lava Jato investiga um esquema de corrupção principalmente na Petrobras, no qual empreiteiras formaram um cartel para vencerem contratos de obras da estatal. Em troca, pagavam propina a funcionários da empresa, a operadores que lavavam dinheiro do esquema, a políticos e partidos.

Histórico do ex-ministro

Preso por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção dentro da Petrobras, o ex-ministro-chefe da Casa Civil e deputado federal cassado, José Dirceu, teve vários pedidos para evitar a prisão negados pelo juiz Sérgio Moro.

De acordo com as investigações da Operação Lava Jato, ele teria recebido R$ 4 milhões de Júlio Camargo, que trabalhava para a Toyo Setal, para ajudar a empresa japonesa a conseguir contratos com a estatal brasileira.

Líder estudantil na década de 60, o petista foi preso em 1968 durante um Congresso da União Nacional dos Estudantes em Ibiúna, no interior de São Paulo.

Um ano depois, ele foi um dos 14 presos políticos trocados pelo embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, que tinha sido sequestrado. Deportado, Dirceu morou no México e em Cuba, antes de voltar clandestinamente ao Brasil ainda durante a ditadura militar.

O político ga