O empreiteiro Ricardo Pessoa, apontado como líder da quadrilha que fraudava licitações da Petrobras, apresentou aos investigadores da Operação Lava Jato planilhas que mostram o pagamento de propinas a políticos e partidos. Nos documentos há detalhes que ligam doações eleitorais para o PT a contratos com a estatal.

Ricardo pessoa é dono da UTC, uma das maiores construtoras do país, e foi preso em novembro do ano passado acusado de participar de um esquema de pagamento de propina nos negócios com a Petrobras. Solto em abril, pessoa cumpre prisão domiciliar em São Paulo.

Os documentos entregues pelo empresário ao Ministério Público Federal no acordo de delação, ligam as doações feitas ao PT para campanhas eleitorais aos contratos da empreiteira com a Petrobras. As planilhas mostram registros de duas contas correntes: uma para o PT e outra para o tesoureiro do partido, João Vacari Neto, que está preso em Curitiba.



O PT teria recebido um total de R$ 20 milhões entre 2006 e 2014, dos quais R$ 7 milhões teriam sido destinados à campanha da reeleição da presidente Dilma. O partido diz que todas as doações foram legais.

O empresário afirmou que também distribuiu dinheiro a outros partidos - entre eles, o PMDB, o PP e o PSDB - e a políticos, alguns já investigados pelo Supremo. Há ainda o registro de transferências de R$ 3 milhões ao ex-ministro José Dirceu, uma parte enquanto ele estava preso por causa do mensalão.

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