Em dia de protesto e plenário lotado, os vereadores de São Paulo aprovam o projeto de lei que proíbe o Uber na cidade.
O aplicativo, alvo de polêmica em vários países, fornece o serviço de aluguel de transporte prestado por motoristas particulares cadastrados.
A vedação ainda precisa ser votada mais uma vez e também depende da sanção do prefeito Fernando Haddad, do PT; até lá, a empresa continua operando.
Nesta terça-feira (30), a pressão dos taxistas foi grande: eles fizeram uma carreata e, depois, bloquearam parte do Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal.
De acordo com representantes da categoria, cerca de mil e 500 pessoas participaram do ato; aos gritos de “fora, Uber”, elas pressionaram pela votação.
Antes, houve tumulto do lado de fora e taxistas atiraram ovos em um homem identificado como integrante do Movimento Brasil Livre que defendia o Uber.
Parte dos que protestavam acompanhou a sessão em um telão, no térreo; o restante dividiu as galerias do plenário com grupos favoráveis ao aplicativo.
O diretor da Federação dos Taxistas do Estado de São Paulo, Robson de Jesus Xavier, considera o serviço ilegal.
Apoiador dos condutores e autor do projeto, Adilson Amadeu, do PTB, trabalhou para que ele fosse analisado pelo plenário, passando na frente de outros textos.
A proposta recebeu 48 votos favoráveis e apenas um contrário, do vereador José Police Neto, do PSD. Ele alegou que o atual Plano Diretor permite que a empresa atue na capital.
Em nota, o Uber afirmou defender que “os usuários têm o direito de escolher o modo que desejam se movimentar pela cidade”.
Ainda de acordo com a empresa, “a inovação é crucial para que as cidades fiquem cada vez mais conectadas, transparentes e inteligentes”.
O aplicativo também disse acreditar que “é possível criar oportunidades de negócio” para motoristas parceiros e oferecer novas opções de mobilidade urbana.
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