O prefeito de Florianópolis Cesar Souza Junior usou a página da prefeitura para criticar o governo do Acre que, segundo ele, enviou imigrantes sem aviso em tempo hábil, desrespeitando questões de saúde e omitindo informações necessárias para recebê-los na cidade.
“Tivemos mais informações pela imprensa do que pelos canais oficiais”, lamentou.
Dois ônibus com 43 estrangeiros - 25 senegaleses e 18 haitianos – chegaram à cidade na madrugada desta segunda-feira (25).
Para a recepção, a prefeitura organizou uma ação, na qual Cesar Souza chamou de “operação de guerra”, para acolher de forma emergencial os imigrantes no Ginásio Capoeirão.
“Fomos avisados na quinta-feira (21) de que talvez viesse um ônibus no sábado. Não somos contra a chegada deles, mas não podemos aceitar a forma como o governo do Acre procedeu”, declarou.
No Ginásio Capoeirão, uma equipe faz o cadastramento desses refugiados e também uma avaliação médica já que, de acordo com a prefeitura da cidade, questões como vacinação ou eventual quarentena em casos de suspeita de doenças não foram consideradas pelo governo Acriano.
A operação contou com a participação de tradutores voluntários e com a arrecadação de cerca de uma tonelada de doações, entre colchões, roupas, cobertores, alimentos e produtos de higiene.
“Nossa intenção é protestar formalmente para que esses fatos lamentáveis não se repitam”, acrescentou o prefeito.
Na semana passada, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também criticou o governo de Tião Viana diante do envio de haitianos sem aviso prévio. A confusão gerou uma crise com o acolhimento de refugiados no Brasil e, após reunião, viagens de imigrantes para São Paulo estão, até o momento, suspensas.
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