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Levy sobre eficácia do ajuste: acho que a gente pode se dar bem

25/05/2015 00:00

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Após uma reunião com a presidente Dilma Rousseff na manhã desta segunda-feira (25), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o ajuste fiscal e disse que reequilibrar as contas públicas do país é uma necessidade porque o governo tem problemas de arrecadação, incluindo os gerados pelos programas de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis), que não atenderam às expectativas previstas.

Em entrevista coletiva ao lado de Aloizio Mercadante, ministro da Casa Civil, Levy disse que “o Brasil ainda tem inúmeras vantagens em relação a parte dos países”.

"Acho que a gente pode se dar bem, nós temos independência energética, população jovem, cada vez mais educada, mas precisamos fazer ajuste", defendeu Levy. "Não vamos ter financiamento de longo prazo se não tivermos equilíbrio fiscal", justificou.

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Ele ainda disse que “é  ilusão pensar que alguém vai investir se ela vê que teremos problema fiscal a frente".

Mercadante ressaltou que o contingenciamento de R$ 69,9 bilhões anunciado na sexta-feira (22) é o maior corte de orçamento já feito no país. "Se tivermos receita, podemos rever. Não temos receita para executar o Orçamento aprovado", afirmou.

O ministro disse também que o governo está intensificando o esforço para aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional, acrescentando que foi criada uma comissão técnica para discutir a Previdência Social.

Segundo Mercadante, a maior parte do Senado deve votar a favor das medidas do ajuste.  "Temos ampla maioria favorável, mas temos que convencer, argumentar, e faremos isso o tempo inteiro", disse, ao classificar como pequena a dissidência na bancada petista.

Sobre a alteração do fator previdenciário, Mercadante justificou que a medida precisa ser implementada agora para proteger o país no futuro.  "Estamos aposentando muito cedo e vivendo cada vez mais."

O ministro da Casa Civil também falou sobre o prazo para a solicitação do seguro-desemprego, que segundo a proposta já aprovada pela Câmara dos Deputados deve aumentar. “Temos que criar cultura em que pessoas cresçam na vida trabalhando”, argumentou. “E não a ideia de que eu ganho mais quando saio do trabalho."

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