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Casos de racismo contra crianças são frequentes

31/03/2015 00:00

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Casos de crianças vítimas de racismo, como o que aconteceu no último sábado em São Paulo, quando um menino negro de oito anos foi expulso da frente de uma loja da marca Animale, infelizmente não são raros no Brasil, principalmente em estabelecimentos que vendem produtos de luxo.

Em 2013, o gerente de uma concessionária da BWM Autocraft, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, foi acusado de racismo contra uma criança de sete anos.

Os pais do menino entraram no local para comprar um automóvel, mas a criança ficou na sala de espera da loja, assistindo TV. Quando se aproximou dos pais, ele foi repelido pelo gerente, que disse que “ali não era lugar para ele”.

Em outro caso que gerou repercussão, um menino foi chamado pela diretora da sua escola por causa do cabelo estilo “black power” que usava. Em entrevista ao Brasil Urgente, ele contou que teve vontade de chorar ao ser questionado pela educadora.

A diretora ainda ameaçou não matricular o menino novamente e alegou que queria a mudança no corte de cabelo dele por questão de higiene.

Outro caso absurdo foi o de uma criança de apenas quatro anos, também vítima de racismo em uma escola em Minas Gerais.

Segundo denúncia feita pela professora da menina, o incidente ocorreu durante a realização de uma festa junina, quando uma mulher se queixou do fato de seu neto dançar com uma menina negra. A avó afirmou ainda que iriaa acabar com o evento se isso não acontecesse.

A discriminação que ocorre na infância se reflete de uma maneira funesta, mais tarde, na vida de crianças negras, que não são abaladas somente no aspecto psicológico.

Segundo um levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado no início deste ano, os jovens negros de 12 a 18 anos correm 2,96 vezes mais risco de serem vítimas de homicídio. A taxa de risco é obtida da relação entre a taxa de homicídios em adolescentes brancos e negros. Em 2011, o número ficou em 3,08.

No Brasil, crianças negras também costumam ser preteridas na hora de serem adotadas. Dados de 2011, mostram que, das 26 mil famílias que aguardavam na fila da adoção na época, mais de um terço aceitava apenas meninos e meninas brancas.

Enquanto isso, as crianças negras (pretas e pardas) eram são mais da metade das que estão aptas para serem adotadas.

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