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Dilma defende Levy e diz que ministro foi

30/03/2015 00:00

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A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que não há motivos para criar complicações com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por conta dos comentários sobre ela durante uma palestra e acrescentou que o ministro foi "mal interpretado" no episódio.

No fim de semana, o jornal Folha de S. Paulo divulgou a declaração de Levy, feita em inglês, durante um almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) para 600 empresários, em que o ministro afirmou que Dilma tem um "desejo genuíno" de acertar as coisas, mas às vezes não da "maneira mais efetiva".

Ao comentar em nota pessoal a declaração, Levy argumentou que suas palavras foram mal-interpretadas, avaliação que também foi feita por Dilma ao falar com jornalistas após entregar 1.032 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida no Pará. Em evento em São Paulo, Levy reforçou esta posição.

Levy diz que tem “enorme afinidade” com Dilma

Joaquim Levy disse nesta segunda-feira (30) em São Paulo que tem uma “enorme afinidade” com a presidente Dilma Rousseff, na visão de longo prazo da economia. “A presidente tem sido absolutamente explícita e genuína sobre seus objetivos” enfatizou.

Segundo o ministro, na ocasião, ele quis dizer que, mesmo com a vontade da presidente, às vezes é difícil colocar em prática algumas medidas. “A gente nem sempre consegue tudo o que deseja em um processo democrático. E isso é bom".

O ministro acredita que as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo serão aprovadas pelo Congresso. “A gente tem tido sucesso em conversas que, em um primeiro momento, não pareciam que estavam encaminhadas”, informou ao explicar as negociações do governo com os parlamentares para aprovação das propostas.

De acordo com Joaquim Levy, o objetivo do governo é reduzir os próprios gastos ao patamar de 2013. “A gente não tem discutido quantidade, quantos bilhões vamos cortar. Mas que fique claro que, com relação à programação financeira, aquele gasto que a gente pode controlar, o objetivo é trazer para o nível de 2013. Isto exigirá grande disciplina”, esclareceu.

Para o ministro, isto representa uma redução de aproximadamente 30% dos empenhos feitos pelo Executivo. Apesar de defender a redução de gastos, Levy admitiu que não será um processo simples. “Cortar na carne é importante, mas não é fácil, porque não tem muita carne”.

Joaquim Levy ressaltou a importância do planejamento dos gastos e desonerações de tributos, de modo que as contas continuem equilibradas. “Não podemos criar novas despesas que venham a exigir novos impostos. Ou sair cortando impostos, sem ter ajustado as despesas” concluiu.

Dilma volta a dizer que dificuldades são passageiras

Dilma reiterou, no evento  de entrega de entregas de moradias no Pará, que as dificuldades, pelas quais o país está atravessando, são passageiras. A presidente ainda afirmou que o ajuste permitirá a volta do crescimento econômico. "Sem fazer este ajuste nós fomos até onde pudemos, absorvendo no orçamento fiscal do país todos os efeitos da crise", disse, em referência à situação da economia mundial.

"Nós estamos fazendo uma coisa que se faz. Você tende a adequar a sua política eco