gplus
   

Temer diz que economia foi reprogramada após equívocos

30/03/2015 00:00

Confira Também

Apesar de ressaltar que houve uma grande queda na arrecadação do governo, o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, admitiu que foram cometidos erros em relação à economia, mas negou incompetência administrativa.

“Equívocos geraram a necessidade de reprogramação na economia”, disse Temer em entrevista ao programa Canal Livre. O líder do PMDB ainda afirmou que crises “são cíclicas” e “acontecem de tempos em tempos”.

Sobre o ajuste fiscal proposto pelo governo para ajudar a colocar a economia nos trilhos, Temer disse que a decisão foi acertada. “O grave seria se não tivesse tomado nenhuma espécie de providência.



O vice-presidente também admitiu que a articulação do governo com o Congresso precisa melhorar e minimizou a queda de braço recente entre PT e PMDB como “circunstâncias políticas” e uma disposição partidária de conflito.

Ele também criticou a proposta de relançamento do PL. “O PMDB entende que não é possível a criação de novos partidos”, afirmou.

Apesar dos problemas em aprovar o ajuste fiscal entre os aliados, Temer disse que “a base acaba concordando” e que a medida – que já foi devolvida pelo presidente do Senado, o também peemedebista Renan Calheiros – é importante também para a oposição, que pode assumir um país mais equilibrado.

“Costumo dizer que hoje somos nós (no governo), amanhã poderão ser vocês”, explicou.



Impeachment

Sobre os protestos que tomaram o país contra o governo de Dilma, o vice-presidente afirmou que é preciso “prestar atenção à queixa coletiva”, mas classificou a possibilidade de impeachment de “impossível”.

Segundo ele, esse clamor coletivo, mesmo que crítico à gestão atual do país, é muito forte por causa dos programas sociais da última década. “Demos voz para 35 milhões de pessoas. Essa gente engrossou a classe média e passou a se manifestar”, analisou.



Em pesquisa recente do Datafolha, a presidente Dilma foi considerada ótima ou boa por apenas 13% dos entrevistados, enquanto o Congresso obteve uma taxa ainda pior, com apenas 9%.

“Nós temos que unir os efeitos do Legislativo com o Executivo. É preciso melhorar a imagem da classe política”, reconheceu.

Ministérios

Michel Temer afirmou que o apoio do PMDB à redução do número de ministérios não é demagogia e que estudos têm de ser feitos para melhorar a agilidade e diminuir os custos.

“Se há redução dos ministérios, mas os gastos são os mesmos, aí sim é demagogia”, afirmou.

O vice-presidente também disse que a redução de cargos comissionados, que enxugaria os gastos públicos, tem “de ser e está sendo” cogitada.

COPYRIGHT AREAH 2011-2024. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UMA EMPRESA YCR PARTICIPAÇÕES LTDA