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Lava Jato: lista de políticos suspeitos agita Congresso

02/03/2015 00:00

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrega nesta terça-feira (2) ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedidos de investigação contra mais de 30 políticos, mas os parlamentares suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, só serão avisados depois que a documentação chegar ao tribunal.

Por enquanto, o Ministério Público apenas solicita a abertura de inquérito, com base em suspeitas fortes - só quando a investigação confirmar as suspeitas o Ministério Público denunciará os políticos.

O objeto da curiosidade da maioria dos políticos, no entanto, não deve ser conhecido oficialmente nesta terça, embora o Ministério Público tenha pedido que a lista com os nomes e acusações seja aberta, não tenha nenhum tipo de sigilo.|



O ministro responsável pelo caso, Teori Zavascki, deu sinais de que não tem pressa para decidir sobre a abertura da lista e, mesmo que aceite a investigação sem sigilo, ele não deve abrir as informações das delações premiadas que trazem os detalhes de quanto cada político recebeu e como foram os pagamentos.

A presidente Dilma Rousseff já mandou dizer que não está preocupada, porque o tema não diz respeito ao governo. Já na CPI (Comissão de Inquérito Parlamentar) que investigará o escândalo na Petrobras, o PT vai para o ataque e vai insistir para investigar também a época em que a oposição mandava na empresa.

Os tucanos, por sua vez, garantem que não temem uma apuração durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. A oposição amanheceu a segunda-feira (2) no Congresso para garantir a votação dos primeiros pedidos de convocação: o PSDB quer ouvir, logo de cara, José Dirceu, o tesoureiro petista João Vaccari,  e os empreiteiros presos.

Para tentar se reaproximar do PMDB, que comanda o Senado, a Câmara e a CP I, a presidente Dilma se reuniu com o partido, para dizer que os peemedebistas fazem parte do governo, ou seja: qualquer problema na imagem dela vai respingar neles.

Apesar disso, em um sinal do clima ruim com o Planalto, Renan Calheiros decidiu não comparecer, alegando que, como o presidente do Congresso, deve colocar a instituição acima das questões partidárias com o governo.

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