Após sequência de 20 dias de aumento, o nível do Cantareira ficou estável nesta sexta-feira. De acordo com o monitoramento diário da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o sistema permenece em 11,1% - mesmo com registro de chuvas na região dos reservatórios.
O acumulado de chuvas no dia foi de 0,7 milímetro. Desde o início de fevereiro, no entanto, foram 293,7 milímetros de chuva na região do Cantareira, o que representa quase 50% a mais do que a média histórica do mês (199,1 milímetros).
Ainda assim, a situação do reservatório é crítica. Com as chuvas de fevereiro o Cantareira conseguiu recuperar somente a segunda cota da reserva técnica - o chamado volume morto, que fica abaixo dos dutos de captação.
Para recuperar a primeira cota e chegar ao volume útil ainda será necessário subir mais 18%.
O Cantareira é o maior reservatório de São Paulo, abastece 6,2 milhões de pessoas, e também foi o que mais sofreu com a crise hídrica. Em janeiro, quando as chuvas estavam bem abaixo da média, um estudo chegou a apontar que se as chuvas continuassem escassas e os níveis de captação se mantivessem iguais o sistema poderia secar em até quatro meses.
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