A presidente Dilma Rousseff elogiou a retomada das relações entre Cuba e os Estados Unidos e defendeu o fim do embargo econômico durante seu discurso na III Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que está sendo realizada em San José, na Costa Rica.
"Recentemente, presenciamos um fato de transcendência histórica. Assim, começa a se retirar da cena latino-americana e caribenha o último resquício da Guerra Fria em nossa região", disse Dilma, acrescentando que "foram necessários coragem e sentido de responsabilidade histórica por parte dos presidentes Raúl Castro e Barack Obama, para dar esse importante passo".
Segundo ela, a decisão tomada pelos dois mandatários é "benéfica para cubanos e norte-americanos, mas, sobretudo, benéfica para todos os cidadãos do continente". Dilma também reconheceu o papel do papa Francisco e do Vaticano por sua "importante contribuição nesse processo ".
Apesar de Obama ter normalizado as relações, o embargo econômico imposto à ilha no começo dos anos 1960 continua vigente, pois precisa da autoria do Congresso para ser levantado. Para Dilma, "essa medida coercitiva, sem amparo no Direito Internacional, que afeta o bem-estar do povo cubano e prejudica o desenvolvimento do país deve ser superada", concluiu.
Entre outros temas de destaque dessa edição da cúpula, Dilma citou a aproximação do bloco à China, como alternativa aos Estados Unidos e à União Europeia (UE). No começo deste mês foi registrada a I Reunião do Foro Celac-China, em Pequim, iniciativa idealizada após uma visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil no ano passado, quando houve reunião de diversos líderes da região.
O encontro ajudou a China a estreitar relações entre diversos países da América Latina, principalmente com a Venezuela.
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