Vida inteligente fora da Terra, você acha que existe? Eu acho! E confesso que ando pra lá de ansioso para descobrir. Sei – porque assisto a bastante ficção científica e ao Discovery Channel - que há um enorme risco de eles, os extraterrestes, serem malvados o suficiente para roubarem todos os recursos naturais do planeta e extinguirem, sem dó, a nossa raça egocêntrica. Mesmo assim, sinceramente, eu tô bem a fim de - num dia de merda qualquer - ser surpreendido pelo timbre inconfundível do Willian Bonner, informando: “O primeiro alienígena foi encontrado hoje, atordoado em um boteco da Aclimação e pedindo esmola para conseguir chegar ao Terminal Rodoviário do Tietê!”.

Sabe o que é, irmão? Tô meio bolado com a galera do nosso planeta. Boladão, pra lhe dizer a real. Por quê? Os caras não estão mais chupando boceta (Uma marca de lenços higiênicos fez um estudo com cerca de 1.300 homens e constatou que 43% deles não curte dar umas lambidelas nas partes baixas da parceira). Não só isso! Alguns homens estão comprando mexerica já descascada. Isso mesmo que você leu, “MEXERICA DESCASCADA”! É mole? É, com certeza, porque gente assim, que passa o dia todo se preocupando com o “gelzin” ideal para “topetin” e que não quer que fique cheiro no “dedin”, não tem nada de duro. Nem piroca.

Será que existe mexerica em Marte? Caso haja, suspeito que marciano algum seria frouxo a ponto de pagar alguns dólares marcianos a mais só para adquiri-la já sem casca, no isoporzinho. É ridículo, juro. E as marcianas, será que possuem pepeca? Não sei. Mas tenho uma hipótese em mente: elas têm três xoxotas verdes e, mesmo assim, são chupadas como merecem; porque a frescura deve ser coisa de terráqueo criado à base de leitinho com pera e Merthiolate que não arde; homens que, desde zigotos, só se importam com o próprio prazer, e que, quando sentem fominha, apenas gritam: “Quero nuggets!” Sem“por favor” ou “obrigado”. Sem consideração alguma com aqueles que lhes trazem a caralha dos pintinhos empanados na cama e se preocupando, apenas, com a satisfação imediatados próprios desejos. 

“Ah, mas a boceta dela tem gosto de sei lá o quê, é muito peluda, é...”, dizem para justificar a falta de presença por lá. O quê? Você diz isso?Não pode ser verdade! Boceta tem gosto de boceta, oras. E não faz o menor sentido exigir que tenha o mesmo sabor do Danoninho que você ganhava, como se sua vida dependesse dele, na época em que vestia Pakalolo e que, como um rei, berrava: “Tô com fome, mamãe!” Boceta tem gosto de boceta, não de creme brûlé e ou de conhaque envelhecido por séculos no carvalho plantado por monges mongóis! “Mas tem um cheirinho de...”. Tem cheiro de boceta, irmão! Você não quer comê-la no carro, antes mesmo de chegarem a algum lugar com chuveiro? Então não espere odor de Dove, seu puto. Aliás, essa sua frescurinha vem de berço e tem tudo a ver com a mexerica que descascavam pro cê. E com a banana que você joga fora por causa de um mísero pontinho preto. E com o queijo que você não come devido ao“cheiro de chulé”, como você diz com cara de cu. E com o peixe que você dispensa por causa da textura. E com lugar que você não frequenta porque não tem Stella Artois. E com... Enfim. Sem contar que você, apesar de não chupar, adora ser chupado, né? E pede boquete mesmo quando está suado e com sabor dia-de-churrasco, não é mesmo? Ela te chupar depois de você ter passado o dia todo assando linguiça tudo bem, né? Ou acha que seu pau, depois de um dia todo com seus amigos pançudos, continua com cheirinho daquelas sabonetinhos L’Occitane que você usa?